SELEÇÃO GAÚCHA DE KARATE ETAPA FINAL

 

 

 

CAMPEONATO BRASILEIRO 2017
ETAPA FINAL – BAHIA
Classes: Sub-8, Sub-10, Sub-12, Sub-14, Cadete, Júnior, Sub-21, Sênior e Máster
Data: 11-15/10/2017
Cidade/Estado: Lauro de Freitas/BA (Região metropolitana de Salvador)

SELEÇÃO GAÚCHA INDIVIDUAL

ACM (ARTHUR FILHO):

01 – PAULO FERNANDO DE OLIVEIRA RODRIGUES
02 – VERA CRISTINA WEISS

ACSKO (ANDRE MARASCHIN):

01 – ADÃO LUCIO MOURA
02 – ANDRE SARTURI MARASCHIN
03 – FELIPE HAYASHI DURIGON

GNG (CELSO PIASESKI):

01 – ANA LAURA DALLABRIDA MATZENBACHER
02 – ANNA CLARA RIOS BRAMCHARTT
03 – HELENA DA SILVEIRA NUNES
04 – MARCELO OLIVEIRA PEREIRA
05 – SOLANO DA SILVEIRA NUNES
06 – VICTOR GASPAROTO MABILIA

TORA (JAVIER GIMENEZ):

01 – JORGE LÍRIO RICARDO DA SILVA JUNIOR

SHIDOKAN (ILTON MARQUES):

01 – FERNANDO DE LIMA MARQUES

SELEÇÃO GAÚCHA EQUIPE

EQUIPE MASTER:

01 – MARCELO OLIVEIRA PEREIRA
02 – RICARDO WAIHRICH MATZENBACHER
03 – VICTOR GASPAROTO MABILIA

COMISSÃO ADMINISTRATIVA E TÉCNICA:

CELSO PIASESKI – PRESIDENTE
ALEX KLEIN – DIRETOR ADMINISTRATIVO
ANDRE SARTURI MARASCHIN – DIRETOR TÉCNICO

TÉCNICOS:

GERSON LUIS DA SILVA NUNES
ILTON ROBERTO MENDES MARQUES
MARCELO OLIVEIRA PEREIRA
RICARDO WAIHRICH MATZENBACHER

ARBITROS:

LUIZ ROBERTO NUÑES PADILLA – DIRETOR DE ARBITRAGEM
CLARISSA SILVA PORTELA LOPES
MARLI DE FATIMA PIVETA MAZANTI
VICTOR GASPAROTO MABILIA

Campeonato Brasileiro de Karate em Porto Alegre termina com grandes resultados

Capital sediou a penúltima etapa classificatória da competição

Foram três dias de muitos socos, chutes e golpes certeiros. Mais do que isso, a etapa classificatória de Porto Alegre do Campeonato Brasileiro de Karate movimentou o Gigantinho, onde mais de 1.200 atletas disputaram não só medalhas, mas vagas na final do Brasileiro e na Seleção Brasileira. As competições e a seletiva ocorreram nos dias 8, 9 e 10 de julho.

Lutando em casa, o Rio Grande do Sul colocou a terceira maior delegação (189 atletas) e ficou no terceiro lugar no geral, com um total de 74 medalhas – sendo 15 de ouro, 23 de prata e 36 de bronze. Para o coordenador técnico da Federação Gaúcha de Karate (FGK), André Sarturi, o Rio Grande do Sul mostrou uma evolução.

“A seleção gaúcha de karate está com um nível muito bom. Tivemos várias medalhas de ouro, muito mais do que nas outras edições, houve uma evolução enorme. A gente tem muito o que crescer muito o que evoluir, mas está muito próximo do esperado. A gente atingiu o objetivo”, acredita André.

A maior delegação (582 caratecas) foi também a maior em conquistas. São Paulo sagrou-se campeão geral da etapa com 408 medalhas (134 ouro, 106 prata e 168 bronze).

Rodrigo Inácio, técnico da Seleção Paulista, disse que o primeiro lugar se deve ao trabalho no estado e a qualidade técnica da etapa de Porto Alegre correspondeu à expectativa de ser a mais forte do Brasileiro. “Sem dúvida um nível técnico excelente, atletas da seleção brasileira se encontrando, sem dúvida nenhuma um dos maiores eventos do circuito nacional”, elogia.

Com 273 atletas, Santa Catarina ficou em segundo, com 169 medalhas (50 de ouro, 43 de prata e 76 de bronze). Técnico da Seleção Brasileira e coordenador da equipe Catarinense, Eurico Schopchaki, já acreditava na boa colocação, visto o bom nível técnico apresentado pelos atletas catarinenses e explicou que o objetivo da seleção era “classificar os atletas, o maior número possível, nas diversas categorias, nos naipes masculino e feminino, e ter uma representatividade expressiva, na final”.

Seleção Brasileira para o Pan-Americano

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Caratecas classificados para a Seleção Brasileira. Crédito: Cristian Oliveira

Nesse domingo (10.07) foram realizadas disputas para formar a seleção brasileira das categorias sub 14, cadete, júnior e sub 21 para representar o Brasil no Campeonato Pan- Americano que acontece entre os dias 22 e 28 de agosto em Guayaquil/Equador. No total foram selecionados 11 atletas no kata (demonstração) e 42 no kumite (lutas).

Etapa final em Porto Alegre em 2017

Além do alto nível técnico, o Brasileiro também apresentou um sucesso na realização, o que pode significar futuros eventos para a Capital Gaúcha, conforme o presidente da Federação Gaúcha de Karate (FGK), Celso Piaseski.

“Com certeza, a partir de hoje, vamos ter mais adeptos do Karate. As academias e os clubes vão ter mais alunos, porque as pessoas puderam ver aqui um karate bonito, esportivo, de alto nível. Para Porto Alegre essa competição é um fato marcante e logo estaremos colhendo os frutos. Já tem a possibilidade de a grande final no ano que vem ser em Porto Alegre”, afirma.

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Foto: Christian Oliveira

O presidente da Confederação Brasileira de Karate, Luiz Carlos Cardoso do Nascimento, confirma que o evento ocorrido nessa semana abre oportunidades para a capital.

“Em função do que nós encontramos aqui. A ajuda que a Federação Gaúcha conseguiu com seus apoiadores, patrocinadores, colaboradores faz com que a CBK possa ver e entender que existe uma grande possibilidade de fazer uma final do Campeonato Brasileiro aqui em Porto Alegre”, explica.
O Bicampeão Mundial de Karate, Douglas Brose, que presenciou a competição, parabeniza a Federação Gaúcha de Karate e os seus parceiros que contribuíram para a realização do evento.

“Realmente, acho que foi um marco para o Karate gaúcho, e com certeza, vai deixar um legado de experiência para que outros campeonatos do Brasil inteiro possam seguir esse exemplo e fazer eventos dessa magnitude”, conta.

O mundo do Karate aguarda em agosto a decisão se o esporte passa a fazer parte dos Jogos Olímpicos de 2020.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio de IPA-Metodista, NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto: Nathália Ely/Assessoria de Imprensa Campeonato Brasileiro de Karate – Poa
Fotos: Christian Oliveira

Leidiane, a carateca cearense arretada

A delegação do Ceará veio de longe para competir na etapa do Campeonato Brasileiro de Karate que eles consideram mais forte tecnicamente. Foram três dias de viagem para chegar a Porto Alegre, nada que desanime a equipe que conta com 13 atletas, entre eles, Leidiane Cassimiro, que compete pela segunda vez no Brasileiro, a primeira vez no Rio Grande do Sul.

Leidiane pratica o esporte há seis anos e é bicampeã cearense de karate. Ela começou a aprender karate na escola, por um projeto da prefeitura do município de Itapipoca, a 300km da capital Fortaleza. A carateca conta que praticou esportes como vôlei e basquete, mas sempre teve vontade de fazer karate. “Eu comecei a fazer karate escondida porque minha mãe não gostava, mas depois ela foi conhecendo melhor, aceitando e hoje me incentiva a continuar”, relata. Os pais de Leidiane não tem condições de ajudá-la financeiramente, mas dão apoio para que ela siga no esporte.

Para a atleta, uma das maiores dificuldades é conseguir patrocínio para as despesas. A prefeitura paga hospedagem, alimentação e passagens para as competições, mas falta dinheiro para os equipamentos e uniformes. Leidiane afirma que a falta de incentivo a desanima e as dificuldades, principalmente financeiras, para seguir no esporte são muitas. Ela diz que o karate precisa ser mais valorizado, para que os atletas de base tenham mais chances. “As pessoas precisam valorizar os pequenos, porque eles vão ser o futuro do esporte do país. Serão os futuros campeões.”

A carateca conta que está sendo muito importante competir no Rio Grande do Sul, pois o nível dos atletas é muito alto. “Os atletas do Ceará se espelham muito no Sul, porque aqui é onde estão os grandes. Se quisermos vencer, temos que começar a vir para cá participar, porque o nível é totalmente diferente, é muito maior”, afirma. A atleta observa os outros competidores para aprender e, assim, melhorar em alguns pontos. Sobre o tempo de viagem para chegar até o evento, ela diz que apesar de cansativo, o esforço vale a pena. “Agora estou assistindo para conhecer o nível. Ver o que eu preciso treinar, o que eu tenho para corrigir. Eu já vi que melhorei muito e a experiência de lutar aqui foi muito boa. É assim que eu aprendo.”

Leidiane disputou o terceiro lugar na categoria Sub 21, mas não conseguiu classificação. Ela treina cinco horas por dia, mas diz que ainda tem muito a melhorar e aprender. A atleta continuará treinando para chegar ao nível que deseja e espera estar melhor preparada para as próximas competições.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio de IPA-Metodista, NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto e foto:  Juliane Lucca/Voluntária/Aluna IPA
Supervisão:  Nathália Ely/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro

Pai, filho e Karate

O Karate que desenvolve concentração e disciplina, em golpes precisos, costuma trazer consigo histórias emocionantes. Com uma trajetória de incentivo e superação, Marcos José Silva, o Seu Pelé, 68 anos, pratica o esporte há 11 anos, como uma forma de incentivar o filho Marcos Paulo, 24 anos.Os dois particpam do Campeonato Brasileiro de Karate – etapa Porto Alegre que aocntece no Gigantinho de sete a 10 de julho.

Marcos Paulo andava desmotivado, pensando em desistir do Karate. No entanto, Seu Pelé, que levava o filho para treinar desde os seis anos de idade, não concordou com a decisão. Como conhecia o talento e acreditava que o filho não deveria parar, Seu Pelé queria encontrar uma maneira de incentivá-lo a seguir em frente. Mas, a grande ideia veio de Marcos Paulo. Ele convidou o pai para treinar com ele.

Marcos Paulo, formado em Educação Física, começou a ensinar seu pai, que superou os obstáculos da idade e hoje está competindo na Federação Paulista de Karatê (FPK). “Eu sempre incentivei ele, desde quando era criança, agora, ele está fazendo o mesmo por mim”, disse Seu Pelé.

Além de se apoiarem no esporte, pai e filho também fortalecem o respeito e a amizade mútua, que segundo Seu Pelé, sempre foram muito fortes entre eles. “Nós treinamos, brincamos, fazemos quase tudo juntos”, completa Marcos Paulo.

Seu Pelé começou a competir no campeonato estadual, passou por fases classificatórias e logo em seguida estava na etapa regional, quando começou a ganhar suas primeiras medalhas. “No primeiro ano que competiu, meu pai foi campeão brasileiro”, lembrou Marcos.

Pelo Karatê, Seu Pelé viajou para diversos lugares. Conheceu o Rio Grande do Sul e países, como o Uruguai e o Paraguai, locais que só conhecia por fotos. “No Karatê conheci muitas pessoas e fiz amizades que jamais imaginei fazer”, conta.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto: Franciele Schimmelfennig
Supervisão: Nathália Ely/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro Karate –Poa
Foto: Christian Oliveira

Campeãs pan-americanas competem em Porto Alegre

Omnia Vincit Amor, Omnia Vincit Karate

Entre sotaques e quimonos, atletas de ponta do cenário nacional circulam pelas arquibancadas do Gigantinho, kotô e pátio do Beira Rio no Campeonato Brasileiro de Karate. Entre esses nomes figuram o de Diego e Natália. Diego Spigolon é treinador da seleção brasileira e de nomes de peso, como Hernani Veríssimo, atual campeão Pan-Americano que derrotou o líder do ranking mundial, Tom Scott. Ele, também, realiza o treinamento de Natália Spigolon, campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015.

Em 2010, Diego ainda competia, ele e Natália treinavam juntos, entre um keri e outro, shotei’s e uke’s (técnicas de karate), um brilho diferente, um sorriso e nasceu um sentimento. Natália, que era Brozulatto, virou Brozulatto Spigolon. E, mais que isso, virou mãe do pequeno Nicholas e nora de dona Antônia e de seu Otávio Spigolon, um dos nomes de referência no esporte na região de Piracicaba-SP.

A campeã Pan-Americana não ganhou apenas o coração do filho de dona Antônia, ganhou uma família onde o Karatê é uma das tradições passadas de geração em geração e onde Natália se encaixou perfeitamente.

“Ela é uma guerreira, passar por tudo que ela passou, parecia que ela estava procurando a nossa família, para mim ela é mais que uma nora, é uma filha”, diz a matriarca da família Spigolon, enquanto embala o neto. A sogra acompanha o casal para ajudar nos cuidados com o neto e prestigiar o trabalho de Diego e Natália.

Antônia ainda diz reviver seu passado ao embalar o pequeno Nicholas ao lado do Kotô, ex- atleta, realizava com os filhos Diego e Danilo o ritual de treinamentos, viagens e competições, da mesma forma que faz hoje Natália. Curiosamente, o interesse pelo esporte veio ao levar os filhos para treinar, Danilo que hoje é piloto de aeronaves preferia ficar com a mãe ao karatê, ela buscou aliar os dois e passou a treinar com os filhos e acabou graduando faixa preta juntamente a Danilo.

Hoje a família vive e respira a arte oriental. Diego é um formador de campeões e credita o sucesso de seu trabalho ao que é realizado na base e à dedicação dos atletas.

“Por exemplo, o Hernani, não há como citar o que ele colhe hoje, se você não citar tudo que ele plantou. O comprometimento, a confiança com o técnico, ele está comigo desde a faixa branca e nós temos realizando um trabalho muito bacana”, diz o técnico.

Diego Spigolon também é um dos treinadores da equipe de São Paulo e ao longo da competição está orientando seus atletas.

Obstáculos e superação

Omnia Vincit Amor, do latim, o amor supera tudo. A frase do poeta romano Virgílio parece ser uma máxima dentro da arte marcial de origem oriental. O amor de Natália pelo Karatê iniciou aos nove anos, desde então ela tem convivido com as dificuldades diárias de um atleta tupiniquim.

“Comecei a trabalhar com 13 anos em uma lanchonete para poder custear meus treinamentos, também vendia brigadeiro na rua”, revela Natália.

A atleta número 1 do ranking em sua categoria ainda revela que até hoje, embora tenha o patrocínio da prefeitura da Piracicaba, entre outros parceiros e que possa contar com o Bolsa Atleta, ainda encara várias dificuldades, chegando a realizar ações entre amigos para angariar fundos para competir.

A realidade de dificuldades não é exclusiva de Natália, a bicampeã Pan-Americana Érica Castro Santos, com 20 anos de competições, conta com o patrocínio da cidade de Santos, por onde compete, com o bolsa atleta e a cada competição precisa bater de porta em porta em busca de algum patrocínio como passagens, hospedagem e alimentação.

Outro obstáculo apontado por Érica, é no que tange a encontrar uma equipe multidisciplinar que alie todos os pontos necessários ao desenvolvimento de um atleta de ponta. Aspecto que é de pronto endossado por Diego Spigolon.

“Infelizmente ainda há muito achismo na nossa área. Ainda há uma dificuldade para encontrarmos profissionais que consigam aliar a questão técnica e tática. Isso faz com que muitas vezes ocorram uma série de erros”, diz.

Diego completa destacando que está terminando sua terceira especialização após a graduação em Educação Física buscando justamente adquirir a qualidade necessária para o desenvolvimento do esporte.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

 

Texto: Moisés Machado/Voluntário/Aluno IPA

Supervisão: Nathália Ely/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro – Porto Alegre
Foto: Christian Oliveira

Karate une pais e filho

Túlio de Oliveira, nove anos, de Montenegro (RS), iniciou no Karate em outubro de 2015 por incentivo da sua mãe. Asta Oliveira, 48 anos, gostaria que o filho aprendesse uma arte marcial para defesa pessoal. Ela conta, emocionada, a trajetória de seu filho na modalidade Kata.

“Em menos de um ano, ele já trocou de faixa, o que nesse esporte é uma grande mudança em pouco tempo. É muito bonito ver essa evolução”, considera a mãe.

O Campeonato Brasileiro de Karate é o segundo torneio que Túlio participa.

“Foi legal o campeonato, todo mundo competiu, eu me senti feliz depois da minha apresentação”, conta.

Ele melhorou sua técnica desde a última competição em que ficou em 4º lugar. Apesar de não ter conquistado o ouro, o menino não desistiu de competir.

“Ele se esforça muito, ele sabe no que errou no último torneio e se aperfeiçoou. Independentemente dele ganhar ou não uma medalha, para mim, ele já vai ser um campeão”, diz a mãe.

O incentivo dos pais é fundamental para rotina de treinos dos jovens caratecas, o que influencia diretamente no desempenho.

“O apoio da minha mãe é bom para cada dia eu melhorar mais no Karate. E ela me apoia muito”, explica Túlio.

O pai, Rubens Couto, 63 anos, gosta que o filho pratique esporte.

“Eu vivo para ele e o apoio na prática do Karate. Mas, também respeito a vontade e os limites dele”, afirma o pai.

É importante entender que o Karate não apenas ajuda a aprimorar o condicionamento físico, mas também na formação de bons cidadãos.Rubens acredita que o Karate serve como proteção para Túlio para os perigos da vida.

“Praticando o esporte, ele convive com pessoas boas, cria hábitos saudáveis, o que o deixa longe de coisas ruins das ruas. Além de ensinar como se proteger diante da marginalidade”, acredita o pai.

Asta considera o Karate muito importante, porque ensina muita disciplina, não apenas no esporte, mas para tudo que se faz na vida.

“Esse é o perfil que eu quero para ele, disciplina na escola, na vida, como ser humano”, diz a mãe.

Referente à busca por medalhas, entende que as crianças querem competir e ganhar a sua, mas, procura ensinar que a vida não é só ganhar.

“Precisamos ensinar nossos filhos a lidar com as derrotas”, afirma a mãe.

A vivência no esporte é tão intensa para Asta, que ela não descarta aderir à modalidade e até mesmo competir em algum evento ao lado do filho.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto e foto: Giulian Cavalli/Voluntário/Aluno IPA

Supervisão: Nathália Ely/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro – Porto Alegre

Karate ajuda a superar limites

Ageu Rodrigues, 67 anos, de Hortolândia (SP), é deficiente visual desde os três anos de idade. O carateca teve uma infecção generalizada e ficou cego. Contudo, isso nunca o impediu de fazer as atividades que queria. Há muitos anos ele vem praticando esportes como Jiu-Jitsu, Rapel, Futebol, entre outros. Hoje, foca o Karate. Nessa sexta-feira (09.07) ele disputou o Campeonato Brasileiro de Karate, que acontece em Porto Alegre

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Ageu Rodrigues há muitos anos vem praticando esportes. Crédito: Vinicius Carvalho

Quando perguntado sobre o desafio de fazer Karate sendo cego, Ageu diz que “a dificuldade é a própria pessoa que cria. Se a gente souber ampliar nossos limites, a dificuldade acaba”. Ageu conta que está feliz pela apresentação feita no Campeonato Brasileiro, realizado em Porto Alegre. “É inexplicável a emoção ao pisar no Koto e mostrar o resultado de tudo que aprendeu para todos e receber os aplausos do público”, ressalta.

Débora Knihs, 31 anos, natural de Brusque (SC), teve glaucoma aos 40 dias de vida e, depois de passar por vários tratamentos e cirurgias, perdeu a visão total aos 12 anos de idade. Atualmente mora em Campinas (SP) e começou a fazer Karate há pouco mais de um ano, por incentivo de Ageu. Com muita insistência do amigo, decidiu conhecer o esporte. Depois de experimentar uma aula, nunca mais parou de praticar.

No início, Débora atuava no Karate apenas pelo prazer de fazer uma atividade física, bem como pela defesa pessoal que o esporte proporciona. Na época, não pensava em participar de competições. Entretanto, a carateca se surpreendeu quando seu sensei a convidou para entrar num campeonato.

“Sensei, eu acho que não estou preparada. Ele respondeu que se eu não estivesse preparada, não teria realizado o convite”, conta.

Após aceitar a proposta, Débora participou da Copa Louveira de Karate, em 2015.

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Débora Knihs perdeu a visão aos 12 anos. Crédito: Vinicius Carvalho

“Foi muito emocionante. Após terminar, eu saí chorando. Mas, mesmo hoje, no meu quinto campeonato, ainda sinto um friozinho na barriga e o coração acelerar”, diz.

O carateca Jaime Ruiz, 49 anos, de Santo André (SP), conquistou a medalha de ouro na categoria Sênior PCD cadeirante. O atleta teve um problema na medula há 8 anos. Em 2012, ele iniciou suas atividades no Karate.

Segundo Jaime, a inspiração para seguir no esporte veio após conhecer o festival Okinawa, de cultura japonesa, no qual se deparou com outro carateca que é cego. Logo, percebeu que poderia também fazer o mesmo esporte.

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Jaime Ruiz iniciou suas atividades no Karate em 2012. Crédito: Vinicius Carvalho

 

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto: Giulian Cavali/Voluntário/Aluno IPA

Supervisão: Nathália Ely/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro – Porto Alegre
Fotos: Vinicius Carvalho

Resultados primeiro dia Campeonato Brasileiro de Karate

São Paulo lidera o primeiro dia de competições em Porto Alegre

Depois de uma sexta-feira (08.07) repleta de disputas, São Paulo termina o primeiro dia de competições da etapa Porto Alegre do Campeonato Brasileiro de Karate em primeiro no quadro de medalhas. O estado que possui a maior delegação, com 582 atletas, é também a  que teve mais conquistas até o momento – tanto na modalidade kata (demonstração) quanto em kumite (lutas).

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São Paulo conquistou no total 272 medalhas, sendo 95 de ouro. Em seguida está Santa Catarina, com 89, sendo 29 de ouro. O Rio Grande do Sul está no terceiro lugar no quadro de medalhas, com um total de 53, sendo 11 douradas. Coincidência ou não, a ordem é a mesma da quantidade de atletas por seleção.

Confira o resultado completo do primeiro dia:

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Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto: Nathália Ely/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro – etapa Poa

Fotos: Vitor Morão

Caratecas acreditam no aumento da participação feminina no karate

A história sempre foi marcada pela luta da mulher por seus direitos. Depois de muitos anos de discriminação, lentamente pode-se perceber que a mulher tem conquistado a aceitação da sociedade nas mais diversas áreas. No universo das artes marciais, não é diferente: é cada vez mais comum observar mulheres praticando tais esportes. Em um espaço antes dominado pelo sexo masculino, hoje o, antes chamado “sexo frágil”, está mudando esse quadro. A etapa classificatória do Campeonato Brasileiro de Karate em Porto Alegre – que vem ocorrendo desde essa quinta (07.07) e segue até domingo (10.07) – mostra que as mulheres ainda são minoria, mas que estão conquistando seu espaço nas artes marciais. Com um total de 1183 atletas participantes, 415 são atletas femininas, ou seja, pouco mais de 35%.

No karatê, as mulheres não enfrentam discriminação apenas pela dúvida da capacidade delas em terem sucesso na arte, mas principalmente sobre sua sexualidade e feminilidade, como contam algumas caratecas presentes no Campeonato Brasileiro.

A carateca, tetracampeã brasileira, Lucélia Ribeiro, diz que no início da sua trajetória no karate foi alvo de discriminação.
“Eu senti esse preconceito bem mais quando eu iniciei no esporte. Minha família mesmo associava as artes marciais como esportes masculinos. Eu via que a preocupação maior deles era que eu ficasse masculinizada. Vivi essa discriminação da minha infância até a adolescência. Porém, com o passar do tempo eu fui quebrando isso” relata ela.

Lucélia foi a primeira atleta brasileira a conquistar quatro medalhas de ouro em jogos pan-americanos consecutivos, o que foi um fato inédito para o esporte brasileiro. Para ela, a mulher tem conquistado um espaço cada vez maior dentro das artes marciais.

“Temos atletas femininas adquirindo bastante espaço no cenário internacional, com títulos altamente importantes. Por exemplo, em Toronto, nos últimos jogos Pan-americanos, tivemos três medalhas de ouro, sendo que duas foram de mulheres”,  completa ela.

Ela acredita que o preconceito não está somente no esporte, mas em todas as outras áreas, que o sexo masculino ainda predomina.
“Infelizmente, nós mulheres, temos que estar sempre provando alguma coisa, mas aos poucos vamos vencer isso também. Acredito que independente de qualquer coisa, devemos fazer aquilo que gostamos, o que amamos, o que nos faz se sentir bem, porque assim a chance de sucesso é muito maior”, completa.

Fabiane Vieira, de Monte Negro, também acredita nesse crescimento.
“Às vezes eu percebo que as pessoas ficam um pouco constrangidas, pelo fato de uma mulher fazer uma arte marcial. Eu sou graduada no 1º Dan (faixa preta em karatê), mas também já fiz MuayThai. Faz 13 anos que estou nesse meio e vejo que a inserção da mulher está crescendo muito. Antes eram poucas, mas hoje esse número já está bem mais significativo. Claro, é bem difícil, não somente no karatê, mas principalmente também na vida profissional. Porém, aos poucos, eu estou sentindo que a sociedade está tendo que aceitar isso. Acredito que as mulheres que praticam o esporte, e sofrem esse tipo de preconceito, não podem desistir” afirma Fabiane.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto: Bruna Breyer/ Voluntária/ Aluno IPA
Supervisão: Nathália Ely/Assessora de Imprensa campeonato Brasileiro de Karate – etapa Poa
Foto:  Daiana Berto

Atletas buscam espaço no karate

A penúltima etapa classificatória do Campeonato Brasileiro de Karate – que está acontecendo em Porto Alegre desde ontem (07.07) e segue até domingo (10.07) – atrai atletas de diversos estados. O carateca Bruno Henrique Breve está entre eles. Em Porto Alegre, Bruno tem a primeira chance de participar de um evento oficial da categoria. Natural de Navegantes (SC), o jovem de 14 anos pratica o esporte há 6 anos. Sua primeira experiência foi em um campeonato ocorrido em 2011, quando conquistou o 4º lugar.

Para Bruno, até o momento, a competição mais importante em sua carreira foi a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), em 2015, no qual lutou cinco vezes e conquistou o vice.

“Foi cansativo. Eu cheguei à última luta morto, e isso me fez treinar mais minha resistência”, conta.

O carateca diz que não se sente nervoso, pois conhece os adversários, os quais, na visão dele, são bons atletas. Bruno não sabe, ainda, se vai seguir profissão no Karate, mas tem certeza de que, se o esporte for reconhecido como olímpico, vai querer competir.

Bruno sonha em disputar as Olimpíadas. Foto: Giulian Pereira

Bruno sonha em disputar as Olimpíadas. Foto: Giulian Pereira

As caratecas – e amigas – Katharina Vailatti, de 14 anos, e Josiane de Lima, de 17 anos, de Balneário Piçarras (SC), também buscam um bom desempenho no evento. Após conquistarem lugar no campeonato, surgiu outra luta, porém, fora do koto: a busca de patrocínio para ajudar a custear as despesas.

“Só a viagem e hotel por três dias foram R$ 600,00, sem contar vale-alimentação, registros, anuidade, o que atinge mais de mil reais”, diz Josiane.

Ainda que tenha obtido ajuda de patrocinadores, Josiane precisou tirar dinheiro do próprio bolso para competir.

“O karate é um esporte que não é muito valorizado quanto os outros. Poucas pessoas têm interesse em ajudar, por não nos conhecerem, e ficam na dúvida se o dinheiro vai ser usado para isso”, completa Katharina.

Para as duas, manter a concentração é muito importante. Segundo Josiane, ficar nervoso é algo que acontece naturalmente. Todavia, ela procura se acalmar aos poucos, acreditando no próprio potencial. Já Katharina prefere não saber com quem vai lutar. A atleta foca uma luta de cada vez; se vencer a primeira, pensa na segunda.

“Na hora da luta, nós temos de estudar nosso adversário, ter inteligência para saber o que vamos fazer”, ressalta.

Bruno, Josiane e Katharina são alguns entre os muitos que participam pela primeira vez desse campeonato. No Rio Grande do Sul, o trio almeja o mesmo sonho: conquistar espaço na equipe brasileira de Karate.

Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.

Texto e foto: Giulian Cavalli/Voluntário/Estudante Jornalismo IPA

Supervisão: Nathália Ely/Travinha Esportes/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro de Karate – Poa