A penúltima etapa classificatória do Campeonato Brasileiro de Karate – que está acontecendo em Porto Alegre desde ontem (07.07) e segue até domingo (10.07) – atrai atletas de diversos estados. O carateca Bruno Henrique Breve está entre eles. Em Porto Alegre, Bruno tem a primeira chance de participar de um evento oficial da categoria. Natural de Navegantes (SC), o jovem de 14 anos pratica o esporte há 6 anos. Sua primeira experiência foi em um campeonato ocorrido em 2011, quando conquistou o 4º lugar.
Para Bruno, até o momento, a competição mais importante em sua carreira foi a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), em 2015, no qual lutou cinco vezes e conquistou o vice.
“Foi cansativo. Eu cheguei à última luta morto, e isso me fez treinar mais minha resistência”, conta.
O carateca diz que não se sente nervoso, pois conhece os adversários, os quais, na visão dele, são bons atletas. Bruno não sabe, ainda, se vai seguir profissão no Karate, mas tem certeza de que, se o esporte for reconhecido como olímpico, vai querer competir.
As caratecas – e amigas – Katharina Vailatti, de 14 anos, e Josiane de Lima, de 17 anos, de Balneário Piçarras (SC), também buscam um bom desempenho no evento. Após conquistarem lugar no campeonato, surgiu outra luta, porém, fora do koto: a busca de patrocínio para ajudar a custear as despesas.
“Só a viagem e hotel por três dias foram R$ 600,00, sem contar vale-alimentação, registros, anuidade, o que atinge mais de mil reais”, diz Josiane.
Ainda que tenha obtido ajuda de patrocinadores, Josiane precisou tirar dinheiro do próprio bolso para competir.
“O karate é um esporte que não é muito valorizado quanto os outros. Poucas pessoas têm interesse em ajudar, por não nos conhecerem, e ficam na dúvida se o dinheiro vai ser usado para isso”, completa Katharina.
Para as duas, manter a concentração é muito importante. Segundo Josiane, ficar nervoso é algo que acontece naturalmente. Todavia, ela procura se acalmar aos poucos, acreditando no próprio potencial. Já Katharina prefere não saber com quem vai lutar. A atleta foca uma luta de cada vez; se vencer a primeira, pensa na segunda.
“Na hora da luta, nós temos de estudar nosso adversário, ter inteligência para saber o que vamos fazer”, ressalta.
Bruno, Josiane e Katharina são alguns entre os muitos que participam pela primeira vez desse campeonato. No Rio Grande do Sul, o trio almeja o mesmo sonho: conquistar espaço na equipe brasileira de Karate.
Com a realização da Confederação Brasileira de Karatê. Federação Gaúcha de Karate e Austral Sports, o Campeonato Brasileiro de Karate tem o apoio da NET, Claro, H2O, Trevisan, Prefeitura de Porto Alegre, Sport Clube Internacional, Feci, Rede Master e Latam.
Texto e foto: Giulian Cavalli/Voluntário/Estudante Jornalismo IPA
Supervisão: Nathália Ely/Travinha Esportes/Assessora de Imprensa Campeonato Brasileiro de Karate – Poa
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